Olho com receio o tal “lugar de fala”, tão em voga ultimamente. Entendo e respeito os pontos de seus entusiastas e defensores, mas sinto que está muito próximo do “argumento de autoridade” que, para estrangular a amplitude que os debates públicos merecem, tem potencial especial. Um exemplo é a tendência humana em aderir às opiniões


PaGue pagou mas não levou
PaGue não pegou. Digo, o apelido acrônimo que, ao juntar as primeiras silabas do nome e do sobrenome do ministro da Economia, com referencia a pagamento, pretendi cravar, só é usado nesta página. Água. Fracassei também com Cebolinha, o personagem dos planos infalíveis, para mim muito parecido com Paulo Guedes. De novo, água. As alcunhas


Estadista também chora
Inúmeros analistas chamaram de “discurso de estadista” a fala de Rodrigo Maia ontem na Câmara dos Deputados após a aprovação do texto base da reforma da Previdência. Não resisto a uma piada e digo que só faltou alguém comparar suas lágrimas às de Winston Churchill ao ver, in loco, o sofrimento das pessoas após um


O Novo e a Nova Previdência
Desde as tentativas no governo Temer venho escrevendo que a reforma da Previdência é paliativa e que, antes dela, deveríamos fazer a reforma política, rever o pacto federativo, a partir dele fazer a reforma administrativa, a tributária e só então mexer na Previdência, já de acordo com a nova conjuntura. Perdi. Paciência. Estou acostumado. Lamento


No Brasil de Bolsonaro, não se entende parece se entender e, quem se entende, faz o inverso
Um meme divertido que passeia pela internet mostra uma foto de Jair Bolsonaro com seus três filhos parlamentares e a legenda: Presidente reunido com a oposição. A gente ri para não chorar. Na verdade é altamente preocupante a situação. O ZeroUm, senador, está bem enrolado com a Justiça em processo que envolve a primeira dama


A trilha do trilhão
Vastamente conhecido, o plano infalível do Cebolinha, oficialmente conhecido como ministro Paulo Guedes, era reformar a Previdência para, em dez anos, economizar um trilhão. A proposta original seguia o padrão do marreteiro, vetor de toda negociação humana, dos semáforos aos andares altos da Faria Lima, passando pelas coisas do coração, seja entre “conjes” ou pai


Previdência dada como certa, começa a reforma eleitoral
Havia uma goiabeira no jardim da nossa casa em Juquehy. Talvez ainda exista, mas a casa foi vendida. Dava goiaba de polpa branca, cor de paz, inocência e pureza, e talvez por isso Jesus nunca apareceu por lá. Preocupado que era em confortar as almas dos fariseus, prostitutas, ladrões e pecadores em geral, deve preferir


O mercado no pico do Everest
Se formar fila no quilo, em porta de boate ou para desembarcar de avião ainda com as portas fechadas já perece estúpido, no pico do Everest, com pouco oxigênio, frio de matar e cadáveres ao pé para deixar claro que não é força de expressão, passa a ser incompreensível mesmo considerando a dificuldade de raciocínio


Dizem que PaGue é inteligente.
Dizem que PaGue é inteligente. Pode ser. Mas sempre que alguém chega com tal impressão, me lembro da fala de um personagem do Luís Fernando Veríssimo: Sou rico, por isso me chamam de doutor. Eu nunca aprendi ganhar dinheiro e tenho horror a negociação. Pergunto o preço das coisas. Se está acima do valor que


Tapa na peruca
Roberto Campos, ao receber um prêmio, caprichou o seguinte: Diferente das roupas de baixo, que só devem aparecer pontualmente, a modéstia não deve aparecer jamais. E eu adoro ser homenageado. Em 2017 já se falava bastante da reforma da Previdência e, sem base técnica para falar de Economia, anotei em maio um palpite político, chamando a
